A luta das mulheres por igualdade no mercado de trabalho, divisão de tarefas em casa e, muitas vezes, apenas existir no mundo de hoje não deve ser romantizada. Não é “lindo” ser uma mulher forte, é necessário Contamos aqui a história de algumas mulheres que fazem a diferença e esperamos por um mundo onde toda mulher possa apenas “ser”: ser reconhecida pela sua trajetória profissional, ser dona das suas escolhas e, enfim, ser o que ela quiser.

Nayara Etinger

Nascida rodeada por mulheres fortes como sua avó e sua mãe, Nayara sempre foi incentivada a acreditar em seu potencial. “Eles trabalhavam para dar para mim e minha irmã o que não tiveram e nos oferecer o melhor ensino possível, e esse esforço reflete hoje na minha vida”, diz Nayara.

Nayara Etinger e sua filha Maia
Fotografia: Érika Martins

Desde brincar de “casinha” quando menina até cursar um curso técnico de edificações, já pensando na faculdade, a arquiteta sempre esteve um passo à frente para conquistar seus sonhos. Como mulher negra, seus esforços precisavam ser em dobro para se inserir no mercado de trabalho. Hoje ela trabalha em um dos maiores escritórios de arquitetura da Baixada Santista, o Studio Carina Fontes.

Sua trajetória no escritório começou com um estágio durante a faculdade de arquitetura. “Carina sempre nos deu a oportunidade de estar com ela em todos os projetos, e nos incentivou a crescer junto com ela”, conta. No início do ano, Carina ofereceu a ela a oportunidade de ser uma das sócias que comanda a operação em Santos, enquanto Carina trabalha com projetos no exterior. “Para nós, o que mudou foi apenas o título. Diria que é um reconhecimento pelos anos de dedicação ao lado dela”.

A oportunidade de sua primeira grande obra executada aconteceu pouco tempo depois de Nayara engravidar de sua filha. “Maia veio para mudar tudo, engravidei e logo surgiu a oportunidade de projetar e executar a sede de uma das maiores empresas de logística do Brasil com filiais em todo o mundo, um projeto do zero em uma laje de 640 metros quadrados”, conta Nayara. Determinada a sempre dar o seu melhor, revela: “A cada trabalho que finalizo faço um balanço do que aprendi, o que fiz de melhor e o que posso melhorar”.

Nayara Etinger
Fotografia: Érika Martins

Aos 28 anos, Nayara já possui sua família e trabalha com o que ama. Quando questionada se tem algum conselho para jovens mulheres se inserindo no mercado de trabalho, ela finaliza: “Persistam em seus sonhos. Nada é impossível quando queremos, temos que pensar grande para sermos grandes. E estar abertas para coisas novas, as oportunidades mais inesperadas podem bater na nossa porta e, se ficarmos com medo, não sairemos de onde estamos”.

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