No mundo das redes sociais e internet muitas coisas têm mudado, principalmente no comportamento dos adolescentes, jovens e até mesmo dos adultos.
A utilização constante de filtros, aplicativos de retoque e outros recursos digitais para conseguir uma selfie perfeita ou uma imagem dos sonhos pode causar dismorfia, também conhecida como TDC (Transtorno Dismórfico Corporal).
Este distúrbio tem sido cada vez mais comum e faz com que os indivíduos não aceitem o seu real rosto ou aparência, ocasionando uma busca exagerada por clínicas de estética para se submeterem a procedimentos estéticos injetáveis ou cirúrgicos, com a intenção de se aproximarem ao máximo das suas versões distorcidas pelos filtros de aplicativos.
Alguns pacientes apresentam pensamentos obsessivos a respeito de supostos defeitos no rosto ou corpo e comportamentos compulsivos para obter melhora imediata por meio de procedimentos estéticos.
Pode ocorrer também uma preocupação excessiva com um pequeno defeito na aparência física, que não são observáveis ou que parecem leves para os outros. Em algum momento, o indivíduo pode manifestar comportamentos repetitivos, como beliscar a pele ou olhar-se excessivamente no espelho.
Esta preocupação causa sofrimento significativo e também prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas da vida do paciente. O transtorno dismórfico afeta cerca de 1,7% da população, geralmente inicia-se na adolescência e acomete homens e mulheres quase na mesma proporção.
Segundo a Associação Americana de Psicologia (APA), a Psicologia do Comportamento e a Terapia Cognitivo Comportamental podem auxiliar no tratamento deste transtorno. Em alguns casos é necessária a introdução de medicações para auxílio no tratamento.
Fique atento caso você conheça algum familiar ou amigo que tenha mostrado alguma dessas características descritas acima, pois esta pessoa pode estar precisando de ajuda.
Infelizmente, a Dismofia Digital já é uma triste realidade cada vez mais frequente em clínicas de Dermatologia e Cirurgia Plástica.
* Esta publicação tem caráter educativo e informativo, e não deve ser utilizada para autodiagnóstico, autotratamento ou automedicação. Consulte sempre seu médico.