Uma coisa é alguém dizer “sou brasileiro”, “sou espanhol”, “sou americano”, só porque nasceu no Brasil, na Espanha ou nos EUA. Não há como negar a nacionalidade, mesmo que ela contrarie hábitos, desejos, conceitos ou coisa que o valha. Digo isso porque ter nascido aqui, lá ou acolá não obriga a gostar do país. Não se tem como escolher o local do nascimento.
O fato é que recebemos a nacionalidade e a levamos por toda a vida. Não há como fingir que não é, porque é.
Outra coisa é escolher outra nacionalidade, uní-la a de origem e carregá-la por toda a vida, como fiz eu…sou portuguesa com certeza!
Isso é adoção por puro amor. É algo que traz orgulho e prazer dentro do peito…(quis ser portuguesa, além de brasileira, e eu sou!). As raízes foram plantadas dentro do coração e geraram o fruto da dupla cidadania…para sempre!
Ser filho ou neto de estrangeiros não é, apenas, ter duas nacionalidades para poder entrar livremente nos países europeus e na América.
O desejo de adotar outra nacionalidade vem da alma, vem de um delicioso impulso em ter de maneira direta a marca que, indiretamente, o destino lhe oferecera. Isso é a satisfação de ter consigo o país dos ancestrais ou antepassados que, embora já existisse dentro do coração, passa a ser documentada, o que completa o valor pessoal.
A sensação é a de estar lá, naquele país escolhido, sentindo a brisa gelada inexistente nos países tropicais. Usar os trajes em algumas terras coloridos, em outras, esvoaçantes. Antigos ou contemporâneos…típicos e reais, flutuantes nos sonhos. É exatamente assim. Carregar entre os pertences pessoais os “bilhetes” de nascimento e poder dizer: “Tenho a dupla nacionalidade – aquela que comigo nasceu e, a outra que escolhi. Sou livre!”.