A escolha dos tecidos pode fazer toda a diferença a quem tem alergias respiratórias, explica médica do Hospital Paulista; lavagem periódica também é outro aspecto que deve ser levado em conta
O friozinho chegou com mais intensidade por todas as regiões do país. Hora, portanto, de resgatar do armário o casaco de moletom, a jaqueta de nylon, o abrigo de tricô, o cachecol de lã e todos os demais itens de vestuário que tanto costumamos recorrer quando as temperaturas ficam abaixo da casa dos 20 graus – não é mesmo?
Para muitos, a propósito, trata-se do momento mais oportuno do ano para andar mais elegante, compor diferentes cores, estampas e agregar as mais variadas tendências da moda. Só que essas combinações, no entanto, também precisam estar harmonizadas com a sua saúde! Afinal, roupa guardada, por mais limpa que possa parecer, geralmente, traz consigo uma infinidade de alérgenos, como mofos e ácaros – especialmente as malhas.
De acordo com a médica otorrinolaringologista e especialista em alergias respiratórias, Dra. Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista, é preciso ficar atento a certos deslizes em relação ao acondicionamento e lavagem dessas vestimentas, além da escolha dos tecidos.
“A quem tem asma, rinite alérgica ou qualquer outro tipo de sensibilidade respiratória, é importante escolher roupas de tecidos hipoalergênicos e lavá-las regularmente. O mesmo vale para quem é alérgico a certos materiais, como tecidos sintéticos ou produtos químicos usados no processo de fabricação”, ressalta a especialista, que elencou aqui os principais cuidados a serem adotados para ter um guarda-roupa que, de fato, proteja do frio e deixe elegante, mas sem riscos de suscitar alergias.
Lã ou sintético?
Embora a lã seja um material natural que possui excelentes propriedades isolantes, macio, confortável e respirável, algumas pessoas podem ser sensíveis e devem evitar seu uso. Neste contexto, as malhas sintéticas são mais indicadas para pessoas com sensibilidades ou alergias respiratórias.
Por serem feitas de materiais como poliéster, acrílico ou microfibra, isso as tornam mais leves, de secagem rápida e podem oferecer boa proteção contra o vento – ainda que não sejam tão eficientes em manter o calor como a lã.
No final, a escolha entre uma malha natural ou sintética dependerá das preferências individuais, necessidades específicas e condições climáticas em que serão usadas.
Higiene e conservação
Para garantir a durabilidade de suas roupas de inverno e, de fato, torná-las úteis na proteção de sua saúde, Dra. Cristiane destaca os seguintes tópicos:
– Lave regularmente. Sobretudo antes da temporada de frio. Dependendo do material da vestimenta, verifique as instruções de lavagem recomendadas. Geralmente, roupas de lã podem ser lavadas à mão ou à máquina, em ciclo delicado, enquanto as sintéticas podem ser lavadas mais facilmente. Lave-as regularmente para remover sujeira, germes e odores.
– Use detergente suave. Evite produtos químicos agressivos, com odor forte ou que possam danificar o tecido. Certifique-se de enxaguar completamente para remover todos os resíduos de sabão.
– Evite torcer ou esfregar durante a lavagem. Para conservar as malhas, pressione-as suavemente para remover o excesso de água.
– Seque adequadamente. Seja em uma superfície plana, seja pendurada suavemente, é preciso secar as roupas de malha ao ar livre. Evite a exposição direta à luz solar intensa, pois isso pode desbotar as cores.
– Armazene corretamente. Ao guardar as malhas, certifique-se de que elas estejam limpas e completamente secas. Dobre-as cuidadosamente ou enrole-as e guarde-as em local limpo e seco para evitar o acúmulo de sujeira, mofo ou odores indesejados.