Entre 2006 e 2016, o número pessoas diagnosticadas com diabetes aumentou quase 62% no Brasil, e o percentual de habitantes com a doença aumentou de 5,5% para 8,9%. A diabetes em crianças e adolescentes também deve ser observada, pois estima-se que, do total de brasileiros portadores da doença, um milhão sejam crianças.
Segundo o Ministério da Saúde, o crescimento da diabetes é observado em todo o mundo, e reflete fatores como mudança dos hábitos alimentares e baixa prática de atividade física. O órgão também afirma que a cada cem mil crianças e adolescentes com menos de 15 anos, 7,6 mil novos casos de diabetes tipo 1 são diagnosticados.
Para o médico Alexandre Chieppe, é fundamental ampliar e melhorar o diagnóstico precoce, também em crianças e adolescentes, para evitar as complicações da doença e garantir uma melhor qualidade de vida. “Infelizmente, estima-se que para cada caso diagnosticado haja outro sem diagnóstico”, afirma.
Um teste rápido de hemoglobina glicada é opção para os pacientes de pediatras, já que este pode ser feito no consultório durante a consulta, o que elimina o tempo entre a realização do exame no laboratório e a consulta. O teste traz informações sobre a glicemia do paciente nos três últimos meses, permitindo uma avaliação a longo prazo.
Existe também um equipamento chamado On Call Plus com Medbem, que permite o monitoramento domiciliar do diabetes pela equipe responsável por meio da transferência dos dados obtidos. O uso conjunto do device e do software permite que a equipe de saúde receba informações e alertas em tempo real. Por exemplo, caso o paciente apresente hipoglicemia, é possível uma intervenção precoce pelo médico responsável.
Vale saber – Variações da diabetes
Tipo 1 — O paciente não produz a insulina em volume suficiente. Por isso, apresenta alta concentração de glicose no sangue. Atribui-se sua causa a origem genética ou autoimunológica. Esse tipo de diabetes pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. Seus sintomas são sede, fome e poliúria (emissão excessiva de urina).
Tipo 2 — Mais recorrente em adultos com mais de 40 anos, acima do peso, sedentários e fumantes. Porém, nos últimos anos vem sendo diagnosticada em pessoas jovens devido aos maus hábitos alimentares, sedentarismo e vida estressante. Na diabetes tipo 2, ou o pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou a produz normalmente, mas o organismo não consegue utilizá-la de maneira correta. Ao contrário da diabetes tipo 1, a diabetes tipo 2, na maioria das vezes, é assintomática, exigindo, portanto, diagnóstico mais eficiente.
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