Se 2020 foi um ano de muitos desafios para todo mundo, devido à pandemia do novo coronavírus, para quem tem um estabelecimento comercial as dificuldades e responsabilidades foram ainda maiores.
Lidar com portas fechadas, a dificuldade para manter os salários dos colaboradores e rápidas adaptações sem muitas certezas tiraram o sono de muitos empresários da região. Mas a capacidade de superação e de se reinventar, características dos empreendedores da Baixada Santista, foram os pontos chave para essa retomada.
De acordo com Mauro Sammarco, Presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), o comércio foi o setor que mais sofreu as consequências da pandemia e das medidas de isolamento social estabelecidas para tentar frear a disseminação da doença causada pelo novo coronavírus.
“A grande questão é quem conseguirá retomar suas atividades e, simultaneamente, gerir seu passado financeiro e tentar se manter ainda com limitações de funcionamento”, explica Sammarco.
“Setores de bens de consumo, hotelaria, bares e restaurantes foram muito impactados. Os lojistas de shopping também enfrentaram grande dificuldade, devido ao impedimento de acesso às lojas e aos seus estoques”.
A ACS participou de diversas discussões com o governo, apresentando propostas e requerimentos de apoio, além das ações de combate à pandemia e de suporte às famílias vulneráveis.
“O setor precisará de apoio do poder público e de compreensão de seus credores para renegociação de dívidas e oferta de linhas de crédito”, destaca Sammarco.
Para o Presidente da ACS, ainda é impossível prever quando a economia da região voltará ao normal. “Com certeza demandará tempo e muito sacrifício. Historicamente, a retomada da economia é sempre lenta, depende de vários fatores. Emprego pressupõe investimento e poucos têm hoje capital de giro para tentar voltar ao nível de antes da pandemia”.
Agora, devemos analisar as dificuldade e criar mecanismos de defesa para eventuais eventos futuros. O pós-pandemia exigirá a revisão de conceitos, desde hábitos sanitários até a proteção de mercado.
“A população pode ajudar os empresários da região prestigiando o comércio local, seja por meio de compras físicas ou através do comércio eletrônico. Isso é fundamental para a engrenagem voltar a girar”, ressalta o presidente da associação comercial.