O escritório de arquitetura Calamo é especializado em reformas residenciais ou corporativas, sob o comando dos arquitetos Marcela Lamonato Bastos, de 36 anos, e Tiago de Oliveira Caligiuri, de 37 anos. “O escritório existe desde 2014, quando a sociedade se consolidou. Eu e Tiago já trabalhávamos como autônomos, e aproveitamos algumas oportunidades para fazer a junção. Por isso o ‘Calamo’, Caligiuri e Lamonato”, explica Marcela.
O escritório fica em Santos, mas a Calamo também atua em São Paulo. Sobre a missão da empresa, Marcela define como “realizar sonhos”. Para ela, o design de interiores gera transformação, inclusive na dinâmica familiar.
Ela destaca ainda a importância de poder contar com móveis planejados na hora de compor um ambiente, e as vantagens que isso proporciona. “É muito importante a gente poder contar com profissionais de móveis planejados. Para vislumbrar o projeto como um todo, é preciso pensar
em uma empresa que nos dê suporte e estrutura para executar um projeto. Eles imprimem uma questão tecnologia, funcionalidade”. Ela brinca: “Acho que fiquei mal acostumada com essa história de móvel planejado. Considero a marcenaria um dos itens de maior peso, tanto financeiro quanto visual e funcional de um projeto”.
Marcela exemplifica como utilizar os produtos da SCA faz a diferença. “Em um dos nossos projetos, usamos um puxador bem específico que divide as portas em módulos. É bem legal por poder usar duas cores diferentes e ter uma pegada muito confortável”.
Outro item muito usado é a Estante Taça, um móvel suspenso com portas em vidro. “Essa estante é muito versátil. Posso usar em qualquer ocasião, como divisória de ambiente, suspenso no chão, em cima de um móvel… Já usei de diversas formas”, conta.
Sobre o que mais gosta de fazer em seus projetos, a arquiteta explica: “O projeto em si é um processo muito grande, cada etapa tem sua importância e sua beleza. Unir todas as informações técnicas com os sonhos das pessoas, do macro até o pequeno detalhe, é o momento que eu consigo entender cada pessoa, o que mais me satisfaz. A partir daí, os outros procedimentos são fluidos, consequências dessa junção”.
O processo criativo, ela descreve, se dá na palavra “inspiração”, além da transpiração de encaixar tudo em seu lugar. “A inspiração é o que me move”, diz Marcela, “eu preciso cuidar de mim para que isso não deixe de existir. Acho que um grande projeto, tanto na parte funcional quanto na harmonia, surge da sua própria verdade e essência. Ter o carinho e cuidado de estudar cada pessoa, esse é o propósito”.
“A gente sempre fala que a gente vende sonhos, né? Esse é o diferencial da Calamo, eu acho muito ruim essa coisa de projeto em escala industrial. Então nosso foco maior está na exclusividade de cada projeto, pensado e adequado para cada cliente, para cada necessidade, para cada desejo. É o perfil do nosso cliente”, a arquiteta ressalta.
Desde que Marcela ingressou na Arquitetura, ela sempre soube que seu desejo era focar no trabalho com pessoas, entender suas necessidades e desejos. “O mais importante pra mim, o melhor resultado, é quando as pessoas dizem: ‘Obrigada por mudar a minha vida’, ou então, um cliente que indica alguém ou volta quando compra uma casa nova”.
Sobre o sucesso do escritório e as expectativas no início, Marcela reflete: “A gente sonha, almeja, corre atrás, constrói, idealiza, estrutura… Mas acho que ser procurada como objeto de desejo é algo muito maior, sabe? Isso diz muito mais. Na verdade, eu acho que as pessoas entendem que a nossa essência é o cuidar e o carinho. É isso que a gente busca proporcionar”.
Ao ser questionada sobre seu projeto de maior destaque, a arquiteta contra-argumenta: “Cada projeto tem o seu grau de transformação na nossa vida, enquanto pessoa e enquanto profissional. Porque sempre que faço um trabalho, tudo é sobre transformação: você entra na na vida da pessoa, na casa e na intimidade dela. Vai além de simplesmente quebrar uma parede e pendurar um quadro, ou mudar um sofá de lugar; a gente mexe com a dinâmica da vida das pessoas. Então, cada projeto meu tem uma importância e um amor próprio”, finaliza a arquiteta.