O surgimento do pensamento científico como conhecemos, não apareceu por acaso, muitas transformações aconteceram com o passar dos tempos e a sociedade de hoje, foi resultado de fatores diversos que aconteceram no mundo.
Somos a construção de uma enorme pressão evolutiva, e a capacidade cognitiva das gerações por séculos, que sempre foram maiores que as gerações anteriores, podem não ser uma realidade hoje, pois a ausência da manutenção destas pressões, as gerações seguintes podem emburrecer.
É polemico, eu sei, mas vou tentar explicar:
A história de todos nós, é uma velha senhora, o registro da escrita por exemplo, é do ano de 3.500 A.C, na Suméria. A matemática e engenharia complexa, tiveram também seus primeiros registros neste período, o alfabeto grego, os sistemas de estudos astronômicos, idem.
Tales de Mileto, Pitágoras, Aristóteles foram os precursores da filosofia, ciência e geometria.
No ano de 427 A.C, Platão fundou a “Academia”, espaço voltado ao estudo e investigação da física, medicina, astronomia, e filosofia, construindo uma sociedade moderna e sofisticada, que posteriormente foi incorporado pelos Romanos, dando origem aos pilares da Sociedade Ocidental que são: Direito Romano, Filosofia Grega e Fé Cristã.
Tá chato? ok, mas tem um porquê, desta introdução histórica.
O mundo viveu transformações evolutivas significativas por milhares de anos e mesmo assim, afundou em um hiato temporal evolutivo de MIL ANOS, isso mesmo, depois de florescer, afundou nas trevas, bem-vindo à Idade Média.
Foram MIL ANOS de involução onde a sociedade voltou a se organizar como tribos, as grandes cidades modernas romanas e gregas foram destruídas, não houve a continuidade do conhecimento, a engenharia, ciência e matemática da época que permitiam uma vida civilizada com saneamento e água potável foram enterradas, viveu-se nas sombras e na ignorância por mil longos anos.
Estou construindo meu raciocínio do emburrecimento, então, continua.
Na minha visão, existe hoje, um movimento que se aproveita da monotonia existencial da humanidade e da falta de pressões evolutivas e assim, resolveu criar um novo mundo, baseado em novos pilares, na tentativa de descontruir a civilização que conhecemos.
Corroborando minha tese, segue apenas dois exemplos deste movimento:
· Escola de Frankfurt, movimento descrito pelo estudo e dedicação da demolição da fé cristã, não vou explicar nem me estender, mas fica a recomendação de pesquisa do tema.
· Globalismo, que visa a generalização social, estabelecendo um coletivo hegemônico, dominado por um só pensamento, excluindo as particularidades de cada sociedade em seus elementos de identidade cultural como: religião, linguagem, vestuário, musica e dança. Relativizando os princípios morais que norteiam a sociedade moderna como: honestidade, bondade, respeito, virtude, ética, com um proposito único, de dominação e controle social por elites particulares, tudo isso, com muita facilidade, pois a sociedade atual distraída com as facilidades do mundo moderno, não parou ainda, para refletir o que há por trás da tela do celular.
Sou uma observadora do comportamento social, e sou também uma boa Nerd, e como tal, eu amo o mundo tecnológico, amo a internet que deu voz ao indivíduo, amo a tecnologia que eliminou a distância entre as pessoas, amo o futuro com cidades inteligentes e casas conectadas, amo os carros voadores que logo estarão no ar ainda nesta década, mas… ainda tenho a minha capacidade cognitiva preservada para entender um movimento de desconstrução do conhecimento, que entre outras coisas, resulta na dificuldade da produtividade atual nos países ocidentais e seu respectivo crescimento sócio econômico.
No Brasil, chegam às empresas todos os dias, jovens que não sabem matemática, e com pouquíssimo conhecimento geral, indispensável à construção da evolução continua do pensamento e da formação humana.
Este fenômeno, muito pior por aqui é verdade, por questões políticas que não vamos abordar, não é só brasileiro.
Enquanto driblamos nosso péssimo ensino, que dificulta até encontrar um jovem que indique as três principais linhas imaginarias que cortam a terra, sem recorrer ao Google, nos EUA, os cursos que astronomia, física, química e matemática, que tantos talentos já produziram no mundo, hoje se veem, relegados a terceiro plano. Por lá, 80% dos adolescentes americanos querem ser blogueiros.
E aí, o que você acha?
Já involuimos uma vez, corremos este risco de involuirmos novamente?