E, de repente, como se fosse um simples suspiro, seu bebê chegou à adolescência.
E agora? Como proceder? O que deixar e o que não deixar diante de mundo tão incerto, diante de tanta insegurança pela frente?
Momento difícil, isso é fato. Porém, também, sabemos que de uma maneira ou de outra aos poucos eles precisam adquirir independência e caminhar com as próprias pernas.
Neste novo desafio da fase de vida de seu filho, um ponto importante a ser seguido é procurar manter equilíbrio entre autoridade e liberdade. Lembrando que autoridade nunca pode ser confundida com autoritarismo, da mesma forma que a liberdade em excesso também é nociva. O que acontece é que ao tentarem não ser autoritários, alguns pais oferecem liberdade em excesso também.
O adolescente quer se afirmar como “alguém”. “Não sou mais criança”. Algumas vezes pode mostrar alguma agressividade, rebeldia e quase sempre “ser do contra”; tudo isto é da idade.
Dentro da relação familiar não é fácil logo encontrar o ponto de equilíbrio, mas também não é impossível. É preciso que haja o diálogo entre pais e filhos, e a liberdade pode ser exercida com limites havendo uma troca. Deixar que as crianças opinem e façam perguntas não faz dos pais menos do que os filhos. E é diferente de deixar que façam tudo o que querem e como querem.
Aos pais cabe não abrir mão dos conceitos do certo e do errado, mas não devem perder a via do diálogo, sem o que nada será possível.
Muitas vezes surgirão questões com as quais os pais não concordarão, mas é preciso manter a calma e ouvir o que os filhos têm a dizer. E, neste momento, mostre que está disponível para escutar, aconselhar e, principalmente, acolher. Aos pais, cabe a sabedoria e paciência para educá-los sem perder a calma.
Uma dica inteligente é que os pais se esforcem para se atualizarem à realidade do adolescente: suas músicas, o computador, os jogos, as gírias, a moda, os amigos etc. Não fiquem para trás; os acompanhem para terem condições de orientar sem sufocar. Aos pais, cabe uma lembrança e reflexão: os filhos não são cópias suas, mas, sim, pessoas diferentes em sua personalidade e na maneira de enxergar o mundo. Lógico que os pais contribuirão no desenvolvimento do jovem, mas a visão de mundo dele é bastante diferenciada e os pais precisam respeitar isso. O mais importante é a amizade entre pais e filhos e os exemplos que eles enxergarão para crescerem.