Fiquem calmos e vamos conversar um pouco sobre esse TERRORISMO NUTRICIONAL que está rondando a vida de muita gente. Com a alimentação sendo centro das atenções em muitas redes sociais, onde-se apresentam milagres , dietas restritivas sem acompanhamento, microbiota do magro, cápsulas de bumbum empinado e barriga chapada entre outros milagres. Vemos muitas pessoas dissipando informação com “respaldo” de artigos científicos mal interpretados , mas mesmo assim disparam para população uma suposta verdade , com fotos perfeitas , mas esquecendo de que cada um tem sua individualidade, e como minha mãe dizia quando eu era criança: “ você não é todo mundo” então não se comporte como tal.
O paradoxo de hoje: “nunca se falou tanto de nutrição, nunca se falou tanto de dieta e nunca teve tantos problemas de peso e tanto mal-estar com a comida!!”( Sophie Deram Ph.D) e eu concordo com isso , com tanta informação estamos ai com índices maiores de obesidade e transtornos alimentares. Fazer dieta restritiva desregula o cérebro! Aumenta o comer emocional , aumenta o risco de desregular o centro do apetite, aumenta o risco de ter compulsões ou desenvolver um transtorno alimentar, além de engordar a longo prazo, quem nunca teve o efeito sanfona após uma dieta da moda?
Nesses 16 anos de atendimento , escuto muito a pergunta sobre o que comer, o que é bom ingerir, o que se deve optar, e raramente as pessoas pensam no que realmente querem, dentro do seu objetivo e estilo de vida, principalmente porque nos fizeram acreditar que tudo o que é gostoso faz mal e tudo o que é saudável não é saboroso, e então ao estabelecermos critérios do que é bom e ruim, certo e errado e do que pode ou não pode, estamos vulneráveis a nos sentirmos culpados, dependendo das escolhas que fizermos. Enquanto formos rígidos com esses critérios, certamente estaremos passíveis de arcar com o sentimento de culpa. E essa culpa ao comer atrapalha nossa saúde física, mental e social. Você precisa fazer escolhas que estão alinhadas ao seu estilo de vida e ao seu objetivo sim, mas é saudável que exceções sejam abertas para justificar as regras. É muito importante para nossa saúde conectar mente e corpo, identificar adequadamente fome e saciedade, lembrar que tudo posso , mas nem tudo me convém e comer sem culpa. A culpa ao comer pode inclusive aumentar o risco de você engordar pois faz com que você coma mais rápido e em maiores quantidades sem perceber. Ainda, ela pode te fazer comer por punição, fortalecendo assim o ciclo da compulsão, gerando ainda maior estresse. E como a nutriterapeuta pode contribuir com a melhora desse quadro?
Aplicando técnicas de Mindfulness, que auxiliará o paciente fazer o ato da alimentação não ser uma simples reposição de energia e nutrientes, mas sim um ato de real prazer. Além do mais ajudam os pacientes a sair do automático e parar de utilizar o alimento como forma de compensação para as frustrações, uma válvula de escape emocional, para aplacar nossas dores e acima de tudo ser empata e ter uma escuta ativa, pois o que vai funcionar é o que você está preparado e disposto a fazer como uma forma de construção, processo para um novo corpo e estilo de vida e isso leva um tempo pois também precisamos avaliar traumas e crenças enraizadas em seu subconsciente.
Então convido você a mudar suas atitudes, balancear suas prioridades e tornar o ato de alimentar-se um prazer unido de conexão, educação e cuidado, fazendo com que todo seu sistema funcione adequadamente. Quando você come de forma consciente, com prazer e sem culpa, não se priva do que gosta, come menos ao longo do tempo e aprende a saborear aquilo que está degustando.