Os danos causados pelo sol são cumulativos e podem levar ao desenvolvimento de diversas doenças, como o câncer de pele
Sol, mar, piscina, calor… depois de meses curtindo o verão, chega a hora de lidar com as consequências dos abusos com a pele na estação mais quente do ano e de se preparar para prevenir os danos dos dias secos e frios trazidos pelo outono e inverno. Para começar, ainda que os períodos sejam muito diferentes, existe um cuidado importante em comum: o uso de protetor solar. A aplicação do produto nas regiões fotoexpostas (face, pescoço e braços) é válida o ano inteiro.
Isto porque as queimaduras solares são um dos fatores que aumentam o risco de câncer de pele, como o melanoma. “Caso tenham acontecido, não esqueça de usar hidratante corporal diariamente após o banho, para conseguir restabelecer a barreira cutânea. Além disso, se notar uma pinta nova, diferente, que se modifica com o tempo, procure um especialista para melhor avaliação”, orienta a dermatologista do Hcor Dra. Carla Maibashi.
O excesso de sol também causa a piora de algumas dermatoses fotossensíveis, entre elas o melasma, caracterizado por manchas escurecidas na pele, principalmente na face. “O problema, que costuma afetar mais as mulheres, apresenta diversos tratamentos tópicos, orais, peelings, lasers, microagulhamentos, que podem ser feitos para amenizar as manchas. Mas o principal pilar do tratamento é, com certeza, a fotoproteção”, ressalta.
Depois dos dias úmidos do verão, agora a pele começa a sentir os efeitos do tempo seco durante o outono e o inverno. Neste período, algumas condições podem piorar, entre elas, a dermatite seborreica, conhecida como caspa. “Trata-se de uma doença inflamatória crônica, com períodos de piora e melhora, que tem como fatores desencadeantes o estresse e o clima frio e seco. Ela se caracteriza por vermelhidão e descamação em algumas áreas, como couro cabeludo (gerando a famosa caspa), barba, face e região peitoral”, esclarece.
Ainda de acordo com a especialista, “o tratamento é constituído por shampoos específicos, com ativos como piritionato de zinco, cetoconazol e sulfeto de selênio. Em casos mais extensos, pode-se usar cremes e loções de corticoides, mas é necessária a avaliação com dermatologista, que irá determinar o melhor tratamento de acordo com o caso”, reforça.
Para manter a hidratação da pele e prevenir a manifestação dessas e de outras doenças, a Dra. Carla dá dicas importantes:
- Evite banhos muito quentes e demorados. Quanto maior a temperatura e o tempo no chuveiro,
mais a pele resseca; - Não use sabonete em excesso e não o esfregue por toda a toda a pele. O produto deve ser usado, principalmente, nas áreas genitais, axilas, virilhas, mãos e pés;
- Cuidado com o uso de buchas. Elas podem agredir a barreira cutânea da pele;
- Use protetor solar.