Escrito por: Regina Claudia Fuschini Miranda
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define adolescência como sendo
o período da vida que começa aos 10 anos e termina aos 19 anos completos.
Para a OMS, a pré-adolescência é compreendida dos 10 aos 14 anos. Este é um período um pouco mais complicado para alguns país no relacionamento com os filhos. É uma fase desafiadora para ambos, é essencial criar laços afetivos nesse momento para que os jovens encontrem nos pais a ajuda e
conselhos necessários em uma fase de tantas descobertas.
Para os pais, a infância é tão intensa que, num piscar de olhos, os pequenos já estão “grandinhos” e muito diferentes de quando eram crianças. Na pré-adolescência, as “ex-crianças” passam por mudanças hormonais num curto espaço de tempo, parecem insatisfeitas com tudo, reclamando da sua realidade, suas obrigações, rotinas e até do comportamento dos pais. Além das mudanças corporais e hormonais, o(a) adolescente passa por grandes
transformações em um pequeno espaço de tempo, tendo novos
interesses e querendo conhecer novas pessoas e ambientes.
Na pré-adolescência, é comum que os jovens se distanciem dos pais e
fiquem mais fechados. É importante que os pais entendam que o filho está
criando uma identidade própria na pré-adolescência, e essa transição
precisa ser respeitada.
Em alguns momentos, o jovem terá atitudes infantis, enquanto, em outros,
ele buscará se espelhar nas atitudes dos mais velhos. É importante que os pais estejam sempre por perto na medida do possível para fortalecer a relação de confiança com eles. Porém, é preciso ter cuidado para não
ficar em cima o tempo todo, pois o pré-adolescente também precisa de
espaço para viver novas experiências e conhecer mais a si mesmo.
Não existe uma receita perfeita, pois a pré-adolescência é complexa e
afeta cada indivíduo de uma maneira diferente. Entretanto, conhecendo
melhor este período da vida e seguindo algumas dicas é possível lidar com as dificuldades que surgem durante esta fase.
O melhor caminho é ter uma conversa franca entre os país e os filhos, explicando que entendem os seus sentimentos, mas que não há motivos para desespero, pois, assim como os problemas vieram, eles vão passar. As frustrações nessa fase são importantes, afinal, ajudam no amadurecimento e tornam as pessoas mais fortes e resilientes.
A paciência, o amor, o diálogo eco entendimento são os ingredientes
mais certos para uma boa relação entre pais e filhos.