Você já parou para pensar se faz tudo no automático, ou tem plena consciência das suas atitudes ao longo desse ano? Mas, o que isso tem a ver com nutrição? Meus caros, tudo.

É nessa época de final e início de ano, principalmente, que queremos correr atrás do prejuízo de um ano todo. Queremos estar bem para o verão e ficar bem divos vestindo aquela roupa branca na virada do ano.

Nessa edição, falo um pouco sobre ‘Mindful Eating’, uma forma de despertar a sabedoria do corpo e a consciência plena na hora de comer. É parar de ser escolhido pelos alimentos (por exemplo, quando dizemos “não consigo ficar sem doce”) e começar a escolhê-los.

Hoje em dia, a alimentação tem se tornado um ato apenas de repor os nutrientes. Na clínica, é comum ouvir: “doutora, preciso de algo prático e rápido, se já tiver pronto, melhor”. Essas pessoas buscam formas rápidas de se alimentar, a fim de permitir a volta rápida às atividades laborais.

No outro extremo, há as que optam por viver para comer, utilizando o alimento como forma de compensação para as frustrações, válvula de escape emocional e para aplacar dores.

Nesse nosso mundo ansiogênico (gerador de ansiedade) e estressante, estamos deixando cada vez mais de lado nosso paladar, olfato e tato. É triste ver nossa alimentação cada vez mais “medicalizada”, super restrita, sem lactose, sem glúten, sem sabor e sem prazer, e com isso trazendo cada dia mais uma enxurrada de culpa e dores para um momento que deveria ser de puro relaxamento e prazer.

Calma, não é uma dieta nova da moda, mas uma percepção diferente de si, propiciando o despertar dos sentidos e, a partir do alimento, do seu preparo e consumo, permitir autoconhecimento. A ideia é manter-se presente no ato de comer. Se concentrando no momento, sem distrações e saboreando os alimentos.

Faça acontecer a mudança de dentro para fora, pois só assim ela pode ser duradoura! Reduza os episódios de exagero, culpa e o comer emocional. Além disso, amplie a percepção sobre os sinais de fome e saciedade.

Com muitos estudos e evidências científicas o treinamento de que essa prática pode realizar revoluções na forma de pensar e agir com relação à alimentação, comer é um ato experiencial e não só cognitivo. Então, convido você a mudar atitudes, balancear prioridades e tornar o ato de alimentar-se um prazer com conexão, educação e cuidado.