Muitos desconfortos podem estar relacionados a um desequilíbrio hormonal. Por isso, dormir bem é muito importante. Durante o sono, o organismo ativa mecanismos para se recuperar dos gastos energéticos da vigília, manter o equilíbrio geral das funções, regular hormônios, restaurar o sistema imunológico e armazenar memórias. Em contrapartida, dormir mal pode gerar problemas nutricionais, hormonais e metabólicos.
O hormônio responsável por controlar o sono é a melatonina, cuja produção no cérebro e eficiência são afetadas pela dieta. Os fatores dentro do nosso controle que geram desequilíbrio hormonal são: deficiência de nutrientes por má alimentação ou má absorção intestinal, excesso de exposição à toxinas ambientais, sono inadequado e estresse.
Com a nutrição, conseguimos oferecer ao corpo mecanismos para que a formação desses hormônios aconteça de forma efetiva; cuidar do intestino, órgão que tem relação direta com a produção de vários hormônios, e ajudar o corpo na utilização desses hormônios. Em alguns casos, também podemos trabalhar com fitoterapia para melhora geral de produção, otimização e utilização deles.
O que prejudica seu sono?
A cafeína é um estimulante e, dependendo do horário em que é consumida, pode atrapalhar o sono. Bebidas alcoólicas podem prejudicar o sono em até 40% e intensificar o ronco, a insônia e a apneia. O álcool faz com que o corpo acelere o processo de adormecer, fazendo com que etapas importantes sejam puladas. Alimentos ricos em açúcar dão energia ao corpo, fazendo com que ele fique mais ativo e dificultando o adormecer.
O que ajuda?
Frutas como o abacaxi, a banana e a cereja são ricas em melatonina. Nozes e amêndoas são fontes de gorduras saudáveis para o coração e também boas fontes desse hormônio. Carboidratos, como arroz , batatas, inhame e cará, contribuem para a formação de serotonina e melatonina.
Peixes são ricos em triptofano e fonte de vitaminas do complexo B. As espécies que possuem espinha, como a sardinha, ainda fornecem boa quantidade de magnésio.
Os chás de camomila, melissa, passiflora e mulungu são boas opções e têm propriedades calmantes. É importante evitar o chá preto, pois é rico em cafeína e pode atrapalhar o sono.
Vale destacar que cada indivíduo é único e o acompanhamento médico pode ser indispensável. Se houver alteração em exames laboratoriais, a intervenção médica é necessária e importante.