A compulsão alimentar atinge 4,7% da população brasileira, quase o dobro da população mundial que tem a taxa de 2,6%, os dados são da Organização Mundial da Saúde. Os dados chamam atenção, principalmente pelo fato de que esse transtorno (em excesso) pode levar a obesidade.
O transtorna de compulsão alimentar tem como principal característica a ingestão descompensada de alimentos em um curto espaço de tempo sem que haja fome. O transtorno pode estar ligado a diversos fatores externos como ansiedade, estresse ou preocupações.
Apesar de não ser fácil de identificar o transtorno, assim como a bulimia e a anorexia, a compulsão alimentar também precisa ter acompanhamento médico e diagnóstico com um profissional da área da saúde.
“A compulsão alimentar é acompanhada de vários outros sintomas. O primeiro deles é a sensação de descontrole, como se você não tivesse um controle para parar de comer e em seguida vem o sentimento de culpa ou incapacidade”, relata Juliana Perez, psicóloga.
De acordo com a psicóloga, a compulsão alimentar tem níveis, sendo eles: leve, tendo episódios de uma a três vezes na semana; moderada tendo episódios de quatro a sete vezes na semana; grave com sete a 14 episódios e exagerada tendo mais de 14 vezes na semana.
Confira o programa na íntegra:
A compulsão alimentar pode evoluir para casos de obesidade, isso por conta do número de vezes que esses episódios acontecem, a predisposição para ganhar peso e também pelo sentimento de prazer e culpa que o paciente sente com a doença.
Assim como em outros transtornos alimentares, a autoestima também pode ser um gatilho para a compulsão.
“É um ciclo, quando a pessoa está frágil emocionalmente e com baixa autoestima, ela acaba se compensando em episódios de compulsão alimentar. Com esse episódio vem a culpa, depois vem a super restrição e isso volta novamente para a autoestima e o ciclo recomeça”, comenta a psicóloga.
A compulsão alimentar tem tratamento e deve ser acompanhada por especialistas. Consulte um médico.